O Palmeiras enfrentou o time da marginal sem número no primeiro
jogo Pós a segunda era Felipão. Era a rodada de número 25 do Brasileirão, e
para alguns poderia ser um divisor de águas positivo. Principalmente por
acharem que o grande culpado pela má fase era o antigo treinador, logo, sem ele
as coisas poderiam fluir melhor.
Acontece que o interino Narciso manteve praticamente a mesma
equipe, e tudo se repetiu. O alviverde até teve bons momentos durante o duelo,
mas falhou tanto ofensivamente, como também no setor defensivo, aliás, isto já vinha
sendo a tônica da equipe na competição. Com isto o alviverde amargou mais um
revés no campeonato, trazendo ainda mais preocupação a sua imensa torcida.
Narciso cometeu alguns dos erros de Felipão, como por exemplo,
manter Luan na equipe titular, já que o atleta não demonstra qualidade para
ajudar de forma efetiva a equipe, pois erra demais. No futebol infelizmente não
basta força de vontade, precisa de bola também. João Vitor que o diga.
O jogo começou equilibrado, mas com o Palmeiras buscando mais o
gol. Até que de forma bisonha Juninho perdeu a bola dentro da área e o atacante
deles só teve de deslocar o goleiro, e após ver a bola bater na trave saiu para
comemorar, era 1x0 aos 21 min.
Neste momento a equipe palmeirense perdeu totalmente a cabeça,
como se adiantasse, e houve uma confusão generalizada, após o gol ter sido
comemorado junto à torcida palmeirense. Acredito que nesta hora os atletas tem
de focar no trabalho, em acertar jogadas, afinal futebol não é para maricas,
não é prudente ficar esperneando por qualquer coisa, afinal só vitórias tirarão
a equipe desta difícil situação.
Luan era um dos mais exaltados, e xingou o árbitro, empurrou
adversário, rosnou... E de tudo isto adiantou? Apenas de ter sido jurado pelo árbitro,
que claramente disse ao esquentadinho que havia acabado ali o momento de
histeria.
Não é que na sequência Luan de forma infantil deixou se enroscar
com o jogador deles, nem teve nada muito grave, mas estava ali à chance que o
juizão queria para por para fora o brilhante valentão palmeirense. Então aos 26
min para ajudar muito, o alviverde passava a jogar com um homem a menos.
Nesta hora o descontrole bateu forte na equipe verde, que desnorteada
em campo não conseguia se encontrar. Felizmente aos poucos o nervosismo
exacerbado foi diminuindo, e a equipe melhorou na partida, mas com um a menos
as coisas eram muito mais complicadas.
E o verdão chegava com Barcos, Arthur, mas falhava na conclusão.
Se não acerta o gol fica complicado de marcar. Mas também quando a maré é brava
a bola bate do lado de dentro da trave, corre sobre toda a linha e sai pela
linha de fundo no lado oposto. Foi isso que aconteceu aos 43 min quando
Henrique cabeceou após cobrança de falta de Assunção.
Parece que absolutamente tudo dá errado para o alviverde neste
momento, será que está fase de trevas não terminará?
A segunda etapa começo cadenciada, mas quem pensava que todo o
estoque de lambanças estava acabado se enganou. João Vitor mostrou aos 9 min
que as coisas poderiam ser ainda piores, já que após erro de passe
indescritível deixou Douglas livre para cruzar do lado direito, Ralf subiu livre
e aumentou a desvantagem alviverde.
A partir deste momento o time da marginal sem número passou a
administrar a partida, mas mesmo assim o alviverde chegava com perigo em alguns
momentos.
Valdivia chutou forte da entrada da área, no ângulo, mas o
goleiro deles defendeu de forma inacreditável aos 26 min. Logo depois aos 32
min foi a vez do camisa dez perder grande oportunidade. Após Arthur ajeitar, o
chileno sozinho na entrada da pequena área cabeceou por cima, incrível.
Obina e Barcos também tentavam, mas sem conseguir levar grandes
problemas para o adversário. Impressionante como as coisas se enrolavam para o
Palmeiras.
Já no finalzinho Obina ganhou jogada na direita e cruzou para
Valdivia, que desta vez não bobeou e marcou o gol palmeirense. Quer dizer,
marcou, mas não valeu. Após validar o gol, o arbitro da partida, por sinal um
perdido nas quatro linhas, voltou atrás e seguiu orientação do bandeira que
chamou atenção para possível falta de Obina, uma brincadeira.
No final da partida também existiu jogada muito duvidosa, o
zagueiro deles impediu a passagem da bola com a mão dentro da pequena área, mas
o juizão nada assinalou e deixou o lance correr.
A conclusão em que chegamos é de que o Palmeiras hoje dentro de
campo é reflexo da administração desorganizada, desorientada, ou seja,
literalmente perdida que tem fora das quatro linhas, e não tem a menor ideia de
como deve agir.
Tudo que vivemos neste momento é consequência da pura falta de
capacidade de gestão, aonde deixaram de executar contratações necessárias pós
conquista da Copa do Brasil, deixaram de acertar valores de bicho, fatos muito
expostos aqui neste espaço. Acredito que a grande “justificativa” da gestão
para não fazer investimentos era de que no momento não era preciso, e que se
deixaria para o ano que vem.
Resumindo... Deixaram passar o bom momento, pois com a vaga para
a libertadores 2013 a equipe sem duvidas se tornaria mais atrativa para a
chegada de jogadores de qualidade, porém, para estes senhores acostumados ao
modelo de “administração” mustafista é muito complicado entender que sem
investimento e planejamento os resultados ficam ainda mais imprevisíveis no
futebol.
Agora o que acontecerá? Difícil prever, mas a situação é
caótica. No primeiro momento é preciso contratar um técnico de forma mais do que
urgente. Este profissional deve ter experiência com equipes na nossa situação,
logo não se pode incorrer no erro de contratar um Leão, Falcão, Dorival Jr,
Caio Jr etc. É preciso contratar alguém de impacto, alguém que possa ao menos
mexer de forma positiva com este elenco visivelmente transtornado.
Infelizmente é isto o que nos resta, rezar e trabalhar na
pressão, para que ao menos eles ajam no desespero, já que brilhantemente não
fizeram o obvio no momento correto.
Quanto à torcida é muito complicado, não tem como pedir mais
apoio, tem? Mas no fundo, a torcida apoia porque ama o manto alviverde, porque
tem orgulho de ser palmeirense, e não pelos que nos dirigem.
Então, vamos juntos com a equipe, afinal é o que nos resta.
Lutar contra um vergonhoso e dolorido rebaixamento até o fim, melhor lutar
agora de todas as formas e evitar o rebaixamento, do que amargar um ano
desastroso de 2013.
FICHA TÉCNICA: PALMEIRAS 0 X 2 CORINTHIANS
Local: Pacaembu, São Paulo
(SP)
Data-Hora: 16/9/2012 - 16h (de
Brasília)
Árbitro: Marcelo Aparecido de
Souza (SP)
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van
Gasse (SP) e Rogério Pablos Zanardo (SP)
Renda/Público: R$ 495.577,00/24.692
pagantes
Cartões
Amarelos:
Luan, Barcos, Artur, Obina, Henrique (PAL); Romarinho, Martínez, Cássio, Ralf,
Danilo, Fábio Santos (COR)
Cartões Vermelhos: Luan, 25'/2ºT
Gols: Romarinho, 21'/1ºT
(0-1); Paulinho, 8'/2ºT (0-2)
PALMEIRAS: Bruno, Artur, M. Ramos, Henrique e Juninho; Correa (Tiago Real
- 13'/2ºT), Marcos Assunção (Obina - 20'/2ºT), J. Vitor (Márcio Araújo -
30'/2ºT), e Valdivia, Luan e Barcos . Técnico: Narciso (interino).
CORINTHIANS: Cássio, Guilherme Andrade, Wallace, Paulo André e Fábio
Santos; Ralf, Paulinho, Douglas e Danilo (Edenilson - 38'/2ºT); Martínez (Jorge
Henrique - intervalo) e Romarinho (Giovanni - 35'/2ºT). Técnico: Tite.
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