A partida envolvendo Palmeiras e Bahia pela 12ª rodada do
Brasileirão 2012 foi bastante movimentada e amplamente dominada pela equipe de
Palestra Itália. Mesmo assim a derrota foi inevitável, muito devido à péssima
arbitragem e também a falta de um algo mais nas definições das jogadas.
O alviverde teve como principais baixas seu miolo de zaga
titular, Maurício Ramos e Thiago Heleno, além de Cicinho, Marcos Assunção e
Valdivia, o camisa dez faz muita falta. Em contrapartida a equipe contou com a
volta de Barcos como opção no banco de reservas.
Na primeira etapa o domínio foi muito grande por parte dos donos
da casa, que encurralaram o adversário criando inúmeras oportunidades de gol,
mas esbarrando no detalhe para comemorar a abertura do placar.
Detalhes estes que foram vencidos por Obina, que após rebote em
cobrança de escanteio, empurrou a bola para o fundo das redes baianas. Só que o
juizão invalidou o gol, assinalando possivelmente perigo de gol.
O jogo seguiu e o verdão continuava com uma ótima consistência
de jogo, criando assim outras grandes oportunidades. Em uma delas Obina teve
tudo para mais uma vez balançar a rede, só que perdeu gol incrível após ótima
assistência de Daniel Carvalho, fato raro ultimamente.
O Bahia chegava muito pouco, mas teve também cerca de duas boas
possibilidades, ambas desperdiçadas.
No fim da primeira etapa tínhamos além de um placar inalterado,
um gosto amargo para a torcida palmeirense, que não conseguiu soltar o grito de
gol.
Como Daniel Carvalho vem muito mal, técnica e fisicamente, o
técnico Felipão fez uma substituição ainda no intervalo da partida. Sacando o
meia da equipe e mandando para o jogo Maikon Leite. Com isto pretendia-se
ganhar em velocidade.
Assim que foi dado o pontapé inicial para a segunda etapa, o
torcedor pôde verificar um cenário muito parecido com o da primeira etapa. A
equipe baiana não conseguiu sequer sair do seu campo defensivo durante muitos
minutos. A pressão alviverde era imensa.
Em meio a esta pressão o Palmeiras teve de promover outra
alteração, pois João Vitor sentiu contusão. Com isso Barcos, o Pirata Verde,
entrou em seu lugar, isto aos 6 min.
Através de Barcos o Palmeiras mais uma vez foi duramente
prejudicado pela arbitragem. O nove palmeirense recebeu excelente cruzamento
oriundo da direta, executado por Márcio Araújo. Matou a bola no peito já
limpando para bater da entrada da pequena área, e assim fuzilar a meta
adversária. Acontece que o zagueirão baiano literalmente segurou a bola com as
mãos, dificultando o domínio do centroavante, e assim tirando a possibilidade
clara de gol. Era pênalti, mais uma vez não assinalado pela arbitragem.
O duelo seguia e o Palmeiras parecia próximo da abertura do
placar, mas a equipe continuava pecando na finalização das jogadas. Chegava
muito, mas aproveitava pouco o volume de jogo.
Até que a dupla Barcos e Obina teve de ser desfeita. Obina já
apresentando certo cansaço deu lugar ao fraco Patrick.
Foi ai que o juizão resolveu aparecer negativamente mais uma vez.
Lulinha que acabará de entrar recebeu lançamento pelo lado direito da área e claramente
se lançou ao gramado. Jogada passível até para cartão amarelo, acontece que o
arbitro marcou pênalti, medíocre.
Na cobrança Souza, que jogava sob efeito suspensivo de pena
aplicada de quatro jogos de suspensão, marcou aos 23 min.
Com a vantagem obtida, a equipe baiana que enxergava a vitória
lhe cair no colo passou a se defender ainda mais. Enquanto O time de Palestra
Itália ficou muito nervoso após o acontecido, e passou a ter mais este
adversário na partida.
Mesmo com as dificuldades o Palmeiras continuou dominando o
jogo, mas sem tanta intensidade. Já era oferecido um maior espaço para os
contra-ataques, e o Bahia visitava mais o setor ofensivo.
Até que em um destes contragolpes veio o pancada derradeira
sobre os planos palestrinos de um bom resultado. Quando chegávamos aos 35 min,
após Bruno fazer boa defesa, a bola sobrou para o jovem zagueiro Wellington,
que tentou tirar de cabeça, mas errou e presenteou o ataque baiano. Saia assim
o segundo tento dos visitantes, e quem marcou novamente foi ele, Souza, que
deveria estar suspenso.
Deste ponto para frente os palmeirenses até buscaram alguma
coisa, só que sem efetividade. Já se anunciava mais um péssimo resultado dentro
de casa, o que trás certa preocupação para a torcida, que fica apenas com o
alento do bom desenvolvimento tático e até técnico da equipe. Claro que
Valdivia fez e faz falta, pois é ele o grande diferencial na armação da equipe.
Mas o chileno precisa colocar a cabeça no lugar e focar no trabalho.
Uma coisa é certa, dos 3 (três) lances capitais da partida a
arbitragem errou TODOS contra o alviverde. Algo até certo ponto estranho, sendo
levada em conta até certa simplicidade dos lances.
Vamos cobrar ainda mais nossos dirigentes, pois passar por este
tipo de situação é mais que deprimente e revoltante. Uma instituição como a SEP
jamais pode ser prejudicada desta forma.
Nosso elenco e comissão técnica terão algumas duras batalhas
pela frente, aonde conquistar ponto será de imensa importância, principalmente
para dar mais tranquilidade para a sequência.
Temos obrigação de incentivar, empurrar e estar do lado de
nossos representantes, seja em qual estádio for. Porque vontade, dedicação e
até qualidade todos estão demonstrando.
FICHA TÉCNICA: PALMEIRAS 0X2 BAHIA
Local: Arena Barueri,
Barueri (SP)
Data/hora: 26/7/2012 – 21h (de
Brasília)
Árbitro: Antônio Frederico de
Carvalho Schneider (RJ)
Auxiliares: Janette Mara Arcanjo
(MG) e Luiz Antônio Muniz de Oliveira (RJ)
Público
e renda:
7.515 pagantes/ R$ 290.060,00
Cartões
amarelos:
Daniel Carvalho, Leandro Amaro, Juninho (PAL); Zé Roberto, Gil, Ciro, Fahel
(BAH)
Cartão
vermelho:
-
GOLS: Souza, 23'/2ºT
(0-1); Souza, 36'/2ºT (0-2)
PALMEIRAS: Bruno, Artur,
Leandro Amaro, Wellington e Juninho; Henrique, Márcio Araújo, João Vítor
(Barcos - 6'/2ºT) e Daniel Carvalho (Maikon Leite - intervalo); Mazinho e Obina
(Patrik - 14'/2ºT). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
BAHIA: Marcelo Lomba, Gil
(Diones - intervalo), Danny Morais, Titi, Hélder; Fahel, Fabinho, Kléberson
(Magno - intervalo) e Zé Roberto; Ciro (Lulinha - 21'/2ºT) e Souza. Técnico:
Caio Junior
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